Tipos de atividade física e hábitos alimentares entre os membros da igreja
DOI:
https://doi.org/10.47197/retos.v73.106764Palavras-chave:
Atividade física, hábitos alimentares, padres, freiras, igrejaResumo
Introdução: A atividade física adequada e os hábitos alimentares estão diretamente ligados e contribuem de forma positiva na prevenção de doenças hipocinéticas e auxílio no tratamento de doenças como a obesidade, asma brônquica, diabetes e distúrbios do movimento.
Objetivo: Identificar e analisar os comportamentos evidenciados por esta padres e freiras de acordo com os tipos atividade física praticada e hábitos alimentares. Participaram 85 indivíduos com idades compreendidas entre os 26 e os 90 anos de idade (54.69±16.33 anos). Destes participantes, 48 (56,5%) são do género masculino e 37 (43,5%) do género feminino.
Métodos: Trata-se de um estudo observacional, descritivo e de corte transversal. Os participantes foram informados e esclarecidos sobre o estudo e a forma de preenchimento dos questionários com o respetivo pedido formal de consentimento informado. Foi utilizado um questionário intitulado: “Rotinas de Vida Diária, os Hábitos de Lazer, Atividade física e Saúde de membros da Igreja”. O questionário foi construído originalmente recorrendo a outros questionários validados para avaliação de rotinas de vida, hábitos alimentares, atividade física e estados de saúde.
Resultados: Os participantes apresentaram comportamentos, quer no âmbito da atividade física, em termos do número de vezes que a praticam como o tempo despendidos nestas, quer no âmbito dos hábitos alimentares favoráveis, demonstrando preocupação na quantidade de ingestão e tipo de alimentos consumidos.
Discussão: De acordo com os resultados obtidos, ver televisão e usar as Redes Sociais foram as atividades semanalmente mais praticadas pelos membros da igreja, participantes no presente estudo.
Conclusão: Dado o contexto social e de missão específica de vida, os membros da igreja avaliados apresentaram comportamentos favoráveis a um nível adequado de atividade física, bem como, hábitos alimentares, na sua maioria, favoráveis a um estilo de vida saudável.
Referências
Alexandre, N. & Coluci, M. (2011). Validade de conteúdo nos processos de construção e adaptação de instrumentos de medidas. Ciência & Saúde Coletiva, 16: 3061-3068.
Anshel, M. (2008). The disconnected values model: Intervention strategies for health behavior change. Journal of Clinical Sport Psychology, 2: 357–380.
Birch, L., Savage, L. & Ventura, A. (2007). Influences on the development of children’s eating behaviours: from infancy to adolescence. Canadian Journal of Dietetic Practice and Research, 68(1): 1-56.
Brook, E., Harmon, R., Christine, E., Blake, R., James, F., Thrasher, T. & James. R. (2014). An Evaluation of Diet and Physical Activity Messages in African American Churches. Health Educ Behav, 41(2): 216–24.
Cortez, A., Leal, S., Di Masi, F., Reis, V., Lucena, B. & Dantas, E. (2023). Evidencia científica sobre los efectos del entrenamiento resistente, aeróbico y de flexibilidad y sus adapta-ciones crónicas en la salud de los mayores (Scientific evidence about the effects of resisted, aerobic and flexibility training and their chronic adapta-tions in the health of the elderly). Retos, 48, 978–987. https://doi.org/10.47197/retos.v48.78231
Campanario, I., O´Ferrall, D., González, C., Vanlinthout, L. & Viñolo, G. (2024). Calidad de vida, actividad física y dieta mediterránea en alumnos del Aula de Mayores de la Universidad de Cádiz, Retos, 53, 514–520. https://doi.org/10.47197/retos.v53.101881
Campbell, M., Hudson, A., Resnicow, K., Blakenely, N., Paxton, A. & Baskin, M. (2007). Churchbased
health promotion interventions: Evidence and lessons learned. The Annual Review of Public
Health, 28, 213–234.
Catanzaro, A., Meador, K., Kuchibhatla, M. & Clipp, E. (2007). Congregational health ministry’s: A national study of pastors’ views. Public Health Nursing, 24, 6–17.
Carvalho, A. & Zanardo, V. (2010). Consumo de água e outros líquidos em adultos e idosos residentes no Município de Erechim-Rio Grande do Sul. Erechim, 34(125): 117-26.
Charreire, H., Kesse-Guyot, E., Bertrais, S., Simon, C., Chaix, B., Weber, C., Touvier, M., Galan, P., Herc-berg, S. & Oppert, J. (2011). Associations between dietary patterns, physical activity (leisure-time and occupational) and television viewing in middle-aged French adults. Br. J. Nutritio, 105, 902–10.
Cooper, S., Bandelow, S. & Nevill, M. (2011). Breakfast consumption and cognitive function in adolescent school-children. Physiology & Behavior, 103(5): 431-39.
Costa, D., Cunha, M., Ferreira, C., Gama, A., Machado-Rodrigues, A., Rosado-Marques, V., Nogueira, H., Silva, M. & Padez, C. (2020). Children mental health after the 2008 global economic crisis: Assessing the impact of austerity in Portugal. Child and Youth Services Review, 118:105332, https://doi.org/10.1016/j.childyouth.2020.105332
Cowart, L., Biro, D., Wasserman, T., Stein, R., Reider, L. & Brown, B. (2010). Designing and
pilot-testing a church-based community program to reduce obesity among African Americans. The ABNF Journal: Official Journal of the Association of Black Nursing Faculty in Higher Education, 21: 4–10.
Curado, M., Maroco, J., Vasconcelos, T., Gouveia, L. & Thoyre, S. (2017). Validação para a população portuguesa da Escala de Observação de Competências Precoces na Alimentação Oral. Revista de Enfermagem Referência, 4(12): 131-142
Dana, J., Lukas, N., Husek, V., Tavel, P. & Malinakova, L. (2021). Czech and Slovak Members of Reli-gious Institutes: Their Health in Comparison to the General Population. Int. J. Environ. Res. Pu-blic Health, 18(19): 1-12.
Faridi, Z., Shuval, K., Njike, V., Katz, J., Jennings, G. & Williams, M. (2009). Partners Reducing Effects of Diabetes (PREDICT): A diabetes prevention physical activity and dietary intervention through African-American churches. Health Education Research, 25(2): 306-15.
Giovizazzo, R. (2001). Modelo de aplicação da metodologia Delphi pela internet - vantagens e ressal-vas. Administração On Line, 2(2): 12-29.
Gillum, F. & Ingram, D. (2006). Frequency of Attendance at Religious Services, Hypertension, and Blood Pressure: The Third National Health and Nutrition Examination Survey. Psychosomatic Medicine 68(3): 382-85. DOI: 10.1097/01.psy.0000221253.90559.dd
Genaro, S., Gomes, F. & Ienaga, K. (2015). Análise do consumo de água em uma população de idosos. Colloq Vitae, 7(2):01-12.
Hill & Hill (2008). Investigação por Questionário (2ª Edição). Lisboa: Edições Sílabo
Honório, S., Batista, M., Paulo, R., Mendes, P., Serrano, J., Petrica, J., Faustino, A., Santos, J. & Martins, J. (2017). Functional Fitness and Nutritional Status of Institutionalized Elderly. Medicina Dello Sport, 70(2), 200-11.
Jarosz, M. (2019). Pyramid of Healthy Nutrition and Lifestyle of Children and Youth. Warsaw: Food and Nutrition Institute.
Jezewska-Zychowicz, M., Gębski, J., Guzek, D., Świątkowska, M., Stangierska, D., Plichta, M. & Wasi-lewska, M. (2018). The associations between dietary patterns and sedentary behaviors in Po-lish adults (LifeStyle study). Nutrients, 10, 10-4.
Kemm, J. (1987). Eating patterns in childhood and adult health. Nutrition and Health, 4: 205-15.
Kenney, E. & Gortmaker, S. (2017). United States Adolescents´ Television, Computer, Videogame, Smartphone, and Tablet use: Associations with Sugary Drinks, Sleep and Physical Activity. Obesity, 182: 144-49.
Kittler, P., Sucher, K. & Nelms, M. (2012). Food and culture (6th ed.). Belmont, CA: Wadsworth.
Koenig, H. (2007). Spirituality in patient care: Why, how, when, and what. Philadelphia: Templeton
Foundation Press.
Koenig, H. (2008). Medicine, religion, & health: Where science & spirituality meet. West Conshohocken, PA: Templeton Foundation Press.
Koenig, H. (2012). Religion, spirituality, and health: the research and clinical implications. ISRN Psychiatry, 2(1): 1–33.
Koh, H., Piotrowski, J., Kumanyika, S. & Fielding, J. (2011). Healthy people: a 2020 vision for the social determinants approach. Health Education & Behavior, 38: 551–57.
Lee, R. & Cubbin, C. (2009). Striding Toward Social Justice: The Ecologic Milieuof Physical Activity. Exercise and Sport Sciences Reviews 37(1): 10-7. DOI: 10.1097/JES.0b013e318190eb2e
Levin, J. (2001). God, faith, and health: Exploring the spirituality-healing connection. New York: Wiley.
Lopes, C., Torres, D., Oliveira, A., Severo, M., Alarcão, V., Guiomar, S., Mota, J., Teixeira, P., Rodrigues, S., Lobato, L., Magalhães, V., Correia, D., Pizarro, A., Marques, A., Vilela, S., Oliveira, L., Nicola, P., Soares, S. & Ramos, E. (2015). Inquérito Alimentar Nacional e 19 de Atividade Física, IAN-AF 2015-2016. Porto: Edições UP
Lovro, Š., Lidija, P., Goran, S. & Goran, V. (2018). Frequency of Dietary Intake and Physical Activity in Older Adults: A Cross-Sectional Study. Nutrients. 10(12): 1-10.
Magarey, A., Mckean, S. & Daniels, L. (2006). Evaluation of fruit and vegetable intakes of Australian adults: The National Nutrition Survey. Aust. N.Z.J. Public Health, 30, 32–7.
Mama, S., Mccurdy, S., Evans, A., Thompson, D., Diamond, P. & Lee, R. (2014). Using community insight to understand physical activity adoption in overweight and obese African American and Hispa-nic women: a qualitative study. Health Educ. Behavior, 3(2): 321–28.
Matsudo, S., Araújo, T., Matsudo, V., Andrade, D., Andrade, E., Oliveira, C. & Braggion, G. (2001). Questionário Internacio-nal de Atividade Física (IPAQ): estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil. Rev Bras Ativ Fís Saúde, 6(2): 5-12 .
Miranda, M., Guimarães, A. & Simas, C. (2007). Estilo de vida e hábitos de lazer de freiras e padres idosos de Florianópolis, Revista Bras. Ci e Mov, 15(1): 15-2.
Odukoya, O., Molobe, I., Olufela, O., Oluwole, E., Yesufu, V., Ogunsola, F. & Okuyemi, K. (2023). Exploring church members' perceptions towards physical activity, fruits and vegetables consumption, and church's role in health promotion: implications for the development of church-based health interventions. J Public Health Afr, 1;14(1): 21-8. doi: 10.4081/jphia.2023.2112. PMID: 36798843; PMCID: PMC9926555
Passos, A., Fernandes, S., Ribeiro, A., Milagres, R. & Duarte, L. (2021). Qualidade da alimentação de idosos longevos e doenças crônicas não transmissíveis. Ciências Biológicas e da Saúde, 42(2): 167-78.
Pérez-Farinós, N., Villar-Villalba, C., Sobaler, A., Saavedra, M., Aparicio, A., Sanz, S., & Anta, R. (2017). The relationship between hours of sleep, sreen time and frequency of food and drink consumption in Spain in the 2011 and 2013 ALADINO: a cross-sectional study. BMC Public Health, 17(1): 33-8.
Pereira, R. & Sampaio, M. (2019). Estado nutricional e práticas alimentares de idosos do Piauí: dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional. Inf. Inov. Saúde, 13(4): 854-62.
Radavelli-Bagatini, S., Zhu, K., Lewis, J., Dhaliwal, S. & Prince, R. (2013). Association of dairy intake with body composition and physical function in older community-dwelling women. J. Acad. Nutr. Diet, 113, 1669–674.
Rosa, M. (1999). Reformados e tempos livres. Edições Colibri: INATEL
Schott, N. & Krull, K. (2019). Stability of Lifestyle Behavior – The Answer to Successful Cognitive Aging? A Comparison of Nuns, Monks, Master Athletes and Non-active Older Adults. Frontiers in Psychology, 10: 1-14.
Sallis, J., Taylor, W., Dowda, M., Freedson, P., & Pate, R. (2002). Correlates of vigorous physical activity for children in grades 1 through 12: comparing parent reported and objectively measured phy-sical activity. Pediatric Exercise Science, 14(1), 30-44.
Silva, M., Silva, H. & Paiva, T. (2018). Sleep duration, body composition, dietary profile and eating behaviours among children and adolescents: a comparison between Portuguese acrobatic gymnasts. European Journal of Pediatrics, 177(6), 815–25. doi: 10.1007/s00431-018-3124-z.
Silva, M-RG. & Paiva, T. (2015). Alimentação na ginástica - de pais para filhos. In: Federação de Ginástica de Portugal, & Instituto do Desporto e Juventude IP (eds). Lisboa: Federação de Ginástica de Portugal, & Instituto do Desporto e Juventude IP.
Silva, M-RG & Paiva, T. (2015). Sono, nutrição, ritmo circadiano, jet lag e desempenho desportivo. In: Federação de Ginástica de Portugal, & Instituto do Desporto e Juventude IP (eds). Lisboa: Federação de Ginástica de Portugal, & Instituto do Desporto e Juventude IP.
Syaukani, A., Jariono, G., Susanto, N. & Setyawan, H. (2024). Percepción sobre salud y ejercicio entre adultos mayores indonesios: un estudio exploratorio secuencial en comunidades rurales java-nesas,Retos, 59, 156–164. https://doi.org/10.47197/retos.v59.107148
Tan, M., Chan, C. & Reidpath, D. (2013). Religiosity and spirituality and the intake of fruit, vegetable, and fat: a systematic review. Evid. Based Complement. Alternat. Med, 3: 1–18.
Toh, Y. & Tan, S. (1997). The effectiveness of church-based lay counselors: A controlled outcome study. Journal of Psychology & Christianity, 16, 260–267.
Trinitapoli, J., Ellison, C., & Boardman, J. (2009). U.S. religious congregations and the sponsorship of health-related programs. Social Science and Medicine, 68, 2231–2239.
Underwood, LG. & Vagnini, K. (2013). The Daily Spiritual Experience Scale: Empirical Relationships to Resiliency-Related Outcomes, Addictions, and Interventions. Religions, 13(3): 237-45.https://doi.org/10.3390/rel13030237
World Health Organization. (2020). WHO Guidelines on physical activity and sedentary behaviour. Geneva: World Health Organization
Woynarowska, B. (2010). Physical activity in childhood and youth. In: Podolec P. (ed.) Prevention Forum. Krakow: Practical Medicine.
Wuthnow, R. (2004). Saving America: Faith-based services and the future of civil society. Princeton, NJ:
Princeton University Press.
Vinharski, I. & Barauce, B. (2024). Efetividad de un programa de capacitación para cuidadores de ancianos institucionalizados sobre el comportamiento sedentario, atividad física y funcionalidad de los residents. Retos, 59, 623–631. https://doi.org/10.47197/retos.v59.108300
Downloads
Publicado
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2025 Samuel Honório, Marco Batista, Jorge Santos, João Petrica, Fernando Vieira, Miguel Rebelo, Carlos Farinha, Paulo Silveira, Maria Raquel G. Silva, João Serrano

Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e assegurar a revista o direito de ser a primeira publicação da obra como licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite que outros para compartilhar o trabalho com o crédito de autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Os autores podem estabelecer acordos adicionais separados para a distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicado na revista (por exemplo, a um repositório institucional, ou publicá-lo em um livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- É permitido e os autores são incentivados a divulgar o seu trabalho por via electrónica (por exemplo, em repositórios institucionais ou no seu próprio site), antes e durante o processo de envio, pois pode gerar alterações produtivas, bem como a uma intimação mais Cedo e mais do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre) (em Inglês).
Esta revista é a "política de acesso aberto" de Boai (1), apoiando os direitos dos usuários de "ler, baixar, copiar, distribuir, imprimir, pesquisar, ou link para os textos completos dos artigos". (1) http://legacy.earlham.edu/~peters/fos/boaifaq.htm#openaccess