O volume de prática em realidade virtual sobre o desempenho motor de crianças com e sem paralisia cerebral
DOI:
https://doi.org/10.47197/retos.v70.113511Palavras-chave:
Aprendizagem motora, desempenho psicomotor, paralisia cerebral, realidade virtualResumo
Introdução: A literatura tem apontado que a prática em realidade virtual (RV) pode ser uma ferramenta eficaz para a melhora do desempenho motor de indivíduos com Paralisia Cerebral (PC).
Objetivo: analisar o volume de prática com RV sobre o desempenho motor de crianças e adolescentes com PC e com desenvolvimento típico (DT).
Metodologia: 17 participantes de 6 a 14 anos, ambos os sexos, formaram dois grupos experimentais: grupo PC (9 participantes com PC), e grupo DT (8 participantes com DT). Os participantes praticaram dois jogos do Nintendo Wii por 10 dias. Os desempenhos nos jogos foram registrados e análises de variância (ANOVA) foram utilizadas para comparar o desempenho entre os grupos e entre os dias.
Resultados: O desempenho do grupo PC foi inferior ao do grupo DT na pontuação e no número de erros do jogo 1 e no número de acertos do jogo 2. Tanto no jogo 1 quanto no jogo 2, o grupo PC obteve uma melhora significativa do dia 5 para o dia 6 e em relação ao dia 1, enquanto o grupo DT permaneceu com desempenho semelhante durante todos os dias, mas, ainda assim, superior ao do grupo PC.
Conclusão: Apesar da limitação motora, indivíduos com PC melhoram o desempenho motor com a prática em RV, mas 10 sessões (dias) não foram suficientes para tornar seu desempenho equivalente ao de crianças com DT.
Referências
Argyropoulou, M. I. (2010). Brain lesions in preterm infants: initial diagnosis and follow-up. Pediatric Radiology, 40(6), 811–818. https://doi.org/10.1007/s00247-010-1585-y
Bandeira, C., Monteiro, M., Jakabi, C. M., Carla, G., Palma, S., Torriani-Pasin, C., De Miranda, C., & Ju-nior, M. (2010). Aprendizagem motora em crianças com paralisia cerebral. Revista Brasileira Crescimento Desenvolvimento, 20(2), 250-262.
Carvalho, L. S., Crancianinov, C. S., Gama, D. T., & Hiraga, C. Y. (2020). Effect of volume of practice in children with probable developmental coordination disorder. Revista Brasileira de Cineantro-pometria e Desempenho Humano, 22, 1–10. https://doi.org/10.1590/1980-0037.2020v22e72028
Deutsch, J. E., Borbely, M., Filler, J., Huhn, K., & Guarrera-Bowlby, P. (2008). Use of a low-cost, com-mercially available gaming console (Wii) for rehabilitation of an adolescent with cerebral pal-sy. Physical Therapy, 88(10), 1196–1207. https://doi.org/10.2522/ptj.20080062
Fischer, F. (2013). O efeito da intervenção com realidade virtual em indivíduos com dificuldades de coordenação motora (Dissertação de mestrado). Universidade Estadual Paulista Júlio de Mes-quita Filho, Instituto de Biociências de Rio Claro.
Harvey, A. R., Morris, M. E., Graham, H. K., Wolfe, R., & Baker, R. (2010). Reliability of the Functional Mobility Scale for Children with Cerebral Palsy. Physical & Occupational Therapy In Pediatrics, 30(2), 139–149. https://doi.org/10.3109/01942630903454930
Hoon, A. H. (2005). Neuroimaging in Cerebral Palsy: Patterns of Brain Dysgenesis and Injury. Journal of Child Neurology, 20(12), 936–939. https://doi.org/10.1177/08830738050200120201
Huang, V., & Krakauer, J. (2009). Robotic neurorehabilitation: A computational motor learning per-spective. Journal of NeuroEngineering and Rehabilitation, 6(1), 5. https://doi.org/10.1186/1743-0003-6-5
Inman, D., Loge, K., & Leavens, J. (1997). VR Education rehabilitation. 53-58.
Lepage, N., Noreau, L., & Bernard, P. (1998). Association between characteristics of locomotion and accomplishment of life habits in children with cerebral palsy. Developmental Medicine & Child Neurology, 40(10), 686-691.
Mancini, M., Fiúza, P., Rebelo, J., Magalhães, L., Coelho, Z., Paixão, M. L., Gontijo, A. P., & Fonseca, S. (2002). Comparação do desempenho de atividades funcionais em crianças com desenvolvi-mento normal e crianças com paralisia cerebral. Arquivos de Neuro-Psiquiatria, 60(2-B), 446-452.
Andrade, P. M., Ferreira, F. O., Vasconcelos, A. G., Lima, E. P., & Haase, V. G. (2011). Perfil cognitivo, déficits motores e influência dos facilitadores para reabilitação de crianças com disfunções neurológicas. Revista Paulista de Pediatria, 29(3), 320-327.
Marques, P. J. S., Fernandes, J. P. R., & Fernandes Filho, F. B. P. (2011). Maturação da marcha em cria-nças com paralisia cerebral: Um estudo piloto. Motricidade, 7(2), 39–46.
Martinello, M., Medeiros, D. L. de, Piucco, E. C., & Ries, L. G. K. (2014). Parâmetros cinemáticos da marcha de criança com paralisia cerebral: Comparação entre diferentes formas de apoio. Ca-dernos de Terapia Ocupacional da UFSCar, 22(1), 137–143. https://doi.org/10.4322/cto.2014.015
Masia, L., Frascarelli, F., Morasso, P., Rosa, G., Petrarca, M., Castelli, E., & Cappa, P. (2011). Reduced short term adaptation to robot generated dynamic environment in children affected by Cere-bral Palsy. Journal of NeuroEngineering and Rehabilitation, 8(1). 1-13. https://doi.org/10.1186/1743-0003-8-28
Miranda, L. P., Resegue, R., & Figueiras, A. C. de M. (2003). A criança e o adolescente com problemas do desenvolvimento no ambulatório de pediatria. Jornal de Pediatria, 29(3), 33-42.
Morris, C. (2008). Development of the Gross Motor Function Classification System (1997). Develop-mental Medicine & Child Neurology, 50(1), 5–5. https://doi.org/10.1111/j.1469-8749.2007.00005.
Morris, C., & Bartlett, D. (2004). Gross Motor Function Classification System: impact and utility. Devel-opmental Medicine & Child Neurology, 46(01). 60-65. https://doi.org/10.1017/S0012162204000118
Nordstrand, L., Eliasson, A. C., & Holmefur, M. (2016). Longitudinal development of hand function in children with unilateral spastic cerebral palsy aged 18 months to 12 years. Developmental Medicine and Child Neurology, 58(10), 1042–1048. https://doi.org/10.1111/dmcn.13106
Palisano, R. J. (1997). Development and reliability of a system to classify gross motor function in chil-dren with cerebral palsy. Developmental Medicine & Child Neurology, 39(4), 214–223.
Rocha, Y., & Ferracioli-Gama, M. (2024). A prática em realidade virtual para aprendizagem motora de crianças com paralisia cerebral: uma revisão integrativa. Brazilian Journal of Science and Movement, 32(1). 15.
Rosenbaum, P., Paneth, N., Leviton, A., Goldstein, M., Bax, M., Damiano, D., Dan, B., Fabiola, R., & Ja-cobsson, B. (2006). A report: The definition and classification of cerebral palsy. Developmental Medicine & Child Neurology, 48(109), 8–14.
Souza, N. D. P., & Alpino, Â. M. S. (2015). Assessment of Children with spastic diparesis according to the International classification of functioning, disability and health – ICFDH. Revista Brasileira de Educacao Especial, 21(2), 199–212. https://doi.org/10.1590/S1413-65382115000200003
Sveistrup H. (2004). Motor rehabilitation using virtual reality. Journal of Neuroengineering and Reha-bilitation. 1(1), 10. doi: 10.1186/1743-0003-1-10.
Woollacott, M. H., Shumway-Cook, A., & Woollacott, M. (2005). Postural dysfunction during standing and walking in children with cerebral palsy: what are the underlying problems and what new therapies might improve balance? Neural Plasticity 12(3), 211-219.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2025 Yuri Damasceno da Rocha, Kátia Virgínia Viana Cardoso, Marcela De Castro Ferracioli Gama

Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e assegurar a revista o direito de ser a primeira publicação da obra como licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite que outros para compartilhar o trabalho com o crédito de autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Os autores podem estabelecer acordos adicionais separados para a distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicado na revista (por exemplo, a um repositório institucional, ou publicá-lo em um livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- É permitido e os autores são incentivados a divulgar o seu trabalho por via electrónica (por exemplo, em repositórios institucionais ou no seu próprio site), antes e durante o processo de envio, pois pode gerar alterações produtivas, bem como a uma intimação mais Cedo e mais do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre) (em Inglês).
Esta revista é a "política de acesso aberto" de Boai (1), apoiando os direitos dos usuários de "ler, baixar, copiar, distribuir, imprimir, pesquisar, ou link para os textos completos dos artigos". (1) http://legacy.earlham.edu/~peters/fos/boaifaq.htm#openaccess