Caracterização dos indicadores de desempenho de uma equipa campeã do mundo de rugby subaquático na fase final de competição
DOI:
https://doi.org/10.47197/retos.v70.113928Palavras-chave:
Posse de bola, Desenho observacional, Estratégias ofensivas, Análise do desempenho, Rugby subaquático, Campeonatos do MundoResumo
Introdução: O rugby subaquático é um desporto de equipa com características fisiológicas e espaciais únicas. Apesar da sua crescente competitividade internacional, existem evidências limitadas sobre a sua análise de desempenho. Este estudo tem como objetivo examinar os indicadores de desempenho da seleção masculina colombiana durante a fase final do Campeonato do Mundo de 2019.
Método: Foi utilizado um desenho observacional longitudinal não-motético, analisando 2.515 sequências de ações ofensivas e defensivas em três jogos (quartos de final, meias-finais e final). Os dados foram extraídos através de um instrumento ad hoc, validado por especialistas, com foco nos passes, posse de bola e eficácia ofensiva. A análise estatística descritiva e os mapas de calor foram utilizados para visualizar as zonas de passe.
Resultados: A Colômbia apresentou elevadas percentagens de passes completos e de domínio da posse de bola (> 60% do tempo total, com mais de 75% na zona ofensiva). O uso das zonas central e de parede foi priorizado para passes ofensivos. A eficácia ofensiva foi variável: 14,8% nos quartos de final, 3,84% nas meias-finais e 6,8% na final. A equipa demonstrou consistência tática, mantendo padrões de distribuição de bola e controlo territorial.
Discussão: A análise revela uma estratégia focada no controlo do jogo através da posse de bola e da utilização de áreas-chave do campo. Apesar do domínio posicional, a baixa eficácia goleadora sugere a necessidade de otimizar a finalização ofensiva. Os resultados oferecem ferramentas aplicáveis ao treino e ao planeamento tático, destacando a importância da análise do desempenho em desportos emergentes, como o rugby subaquático.
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