Aptidão funcional em pessoas idosas: Um estudo transversal de base populacional em Borba, Amazonas, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.47197/retos.v0i39.78549Palavras-chave:
Aptidão Física, Actividade Motora e EnvelhecimentoResumo
Resumo. Introdução: O envelhecimento tem sido associado à perda de capacidade física causada pela deterioração da maioria dos sistemas fisiológicos. Objetivo: Analisar as diferenças na aptidão funcional (AptF) associada ao sexo, idade e atividade física (AF), e comparar os Borbenses com outras populações. Métodos: Foi realizado um estudo transversal, em 233 idosos (71,2±8,9 anos; entre os 60,0 e os 95,7 anos). A AptF foi avaliada usando a bateria Senior Fitness Test e a AF foi estimada por questionário. Resultados: Após controlo da idade e a AF, as diferenças relacionadas ao sexo na AptF foram encontradas apenas na flexibilidade do ombro (favorecendo as mulheres) e na resistência aeróbica (RA, favorecendo os homens). Houve diferenças relacionadas à idade na força corporal inferior (FCI) e RA em ambos os sexos, na agilidade/equilíbrio dinâmico nos homens, e força na parte superior do corpo nas mulheres (favorecendo os mais jovens). As diferenças relacionadas à AF na AptF foram encontradas apenas na flexibilidade do tronco (favorecendo o grupo ativo). A população de Borba apresentou resultados mais altos na flexibilidade do tronco comparativamente às duas amostras estudadas. Conclusões: Com exceção da flexibilidade e RA, os nossos resultados indicaram homogeneidade entre homens e mulheres na AptF. Homens e mulheres mais velhos tiveram um desempenho inferior em FCI e RA. As restantes componentes parecem depender mais de outros fatores (i.e., sexo, estilos de vida e meio ambiente). Levando em consideração a população dos EUA e Portugal, Borba teve um desempenho inferior na maioria dos componentes de AptF, expeto na flexibilidade.
Referências
Benedetti, T. B., Mazo, G. Z., Gobbi, S., Ferreira, L., & Lopes, M. A. (2010). Valores normativos e aptidão funcional em homens de 60 a 69 anos de idade. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, 316-323. doi: 10.5007/1980-0037.2010v12n5p316
Calderón, T. M. L., & Rodriguez-Hernandez, M. (2018). Efecto de un programa de 18 semanas de actividad física sobre la capacidad aeróbica, la fuerza y la composición corporal en personas adultas mayores. Pensamiento Actual, 18(30), 125-135.
Cipriani, N. C. S., Meurer, S. T., Benedetti, T. R. B., & Lopes, M. A. (2011). Aptidão funcional de idosas praticantes de atividades físicas DOI:10.5007/1980-0037.2010v12n2p106. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, 12(2). doi: 10.5007/1980-0037.2010v12n2p106
Demura, S., Minami, M., Nagasawa, Y., Tada, N., Matsuzawa, J., & Sato, S. (2003). Physical-Fitness Declines in Older Japanese Adults. Journal of aging and physical activity, 11(1), 112-122. doi: 10.1123/japa.11.1.112
Elias, R. G. M., Gonçalves, E. C. d. A., Moraes, A. C. F. d., Moreira, C. F., & Fernandes, C. A. M. (2012). Aptidão física funcional de idosos praticantes de hidroginástica. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 15(1), 79-86. doi: 10.1590/s1809-98232012000100009
Enriquez-Reyna, M., Bautista, D., & Orocio, R. (2019). Physical activity level, muscle mass and strength of community elderly women: Differences by age group. Retos, 35, 121-125.
Fleg, J. L., Morrell, C. H., Bos, A. G., Brant, L. J., Talbot, L. A., Wright, J. G., & Lakatta, E. G. (2005). Accelerated Longitudinal Decline of Aerobic Capacity in Healthy Older Adults. Circulation, 112(5), 674-682. doi: 10.1161/circulationaha.105.545459
Gledhill, N. (2002). Physical Activity Readiness Questionnaire (PAR-Q) and You. Ontario, Canada: Canadian Society for Exercise Physiology.
Gouveia, É. R., Maia, J. A., Beunen, G. P., Blimkie, C. J., Fena, E. M., & Freitas, D. L. (2013). Functional fitness and physical activity of Portuguese community-residing older adults. Journal of Aging and Physical Activity, 21(1), 1-19.
Gregg, E. W. (2003). Relationship of Changes in Physical Activity and Mortality Among Older Women. Jama, 289(18). doi: 10.1001/jama.289.18.2379
Jackson, A. W., Morrow Jr, J. R., Dishman, R. K., & Hill, D. W. (2004). Physical activity for health and fitness: Human Kinetics.
Kirkwood, T. B. L. (2017). Why and how are we living longer? Experimental Physiology, 102(9), 1067-1074. doi: 10.1113/ep086205
Kodama, S. (2009). Cardiorespiratory Fitness as a Quantitative Predictor of All-Cause Mortality and Cardiovascular Events in Healthy Men and Women. Jama, 301(19). doi: 10.1001/jama.2009.681
Krause, M. P., Januário, R. S., Hallage, T., Haile, L., Miculis, C. P., Gama, M. P., . . . da Silva, S. G. (2009). A comparison of functional fitness of older Brazilian and American women. Journal of Aging and Physical Activity, 17(4), 387-397.
Krause, M. P., Januário, R. S. B., Hallage, T., Haile, L., Miculis, C. P., Gama, M. P. R., . . . da Silva, S. G. (2009). A Comparison of Functional Fitness of Older Brazilian and American Women. Journal of aging and physical activity, 17(4), 387-397. doi: 10.1123/japa.17.4.387
Laukkanen, P., Kauppinen, M., & Heikkinen, E. (1998). Physical Activity as a Predictor of Health and Disability in 75- and 80-Year-Old Men and Women: A Five-Year Longitudinal Study. Journal of aging and physical activity, 6(2), 141-156. doi: 10.1123/japa.6.2.141
Malina, R. M., Bouchard, C., & Bar-Or, O. (2004). Growth, maturation, and physical activity: Human kinetics.
Marfell-Jones, M., Olds, T., Stew, A., & Carter, L. (2018). International standards for anthropometric assessment. The International Society for the Advancement of Kinanthropometry, Australia. 2006: PubMed.
Pescatello, L. S., Riebe, D., & Thompson, P. D. (2014). ACSM's guidelines for exercise testing and prescription: Lippincott Williams & Wilkins.
Rikli, R. E., & Jones, C. J. (1999a). Functional fitness normative scores for community-residing older adults, ages 60-94. Journal of Aging & Physical Activity, 7(2).
Rikli, R. E., & Jones, C. J. (1999b). Functional fitness normative scores for community-residing older adults, ages 60-94. Journal of aging and physical activity, 7, 162-181.
Roberta E. Rikli, C. J. J. (2013). Senior Fitness Test Manual.
Sakamoto, A. J., Brizon, V. S. C., Bulgareli, J. V., Ambrosano, G. M. B., & Hebling, E. (2019). Influência dos índices socioeconômicos municipais nas taxas de mortalidade por câncer de boca e orofaringe em idosos no estado de São Paulo. Revista Brasileira de Epidemiologia, 22. doi: 10.1590/1980-549720190013
Sawatzky, J.-A. V., & Naimark, B. J. (2002). Physical Activity and Cardiovascular Health in Aging Women: A Health-Promotion Perspective. Journal of aging and physical activity, 10(4), 396-412. doi: 10.1123/japa.10.4.396
Spirduso, W., Francis, K., & MacRae, P. (2005). Physical Dimensions of Aging (H. Kinetics Ed: Champaign, IL.
Sui, X., LaMonte, M. J., & Laditka, J. (2008). Cardiorespiratory Fitness and Adiposity as Mortality Predictors in Older Adults. Journal of Cardiopulmonary Rehabilitation and Prevention, 28(2), 146-147. doi: 10.1097/01.Hcr.0000314211.24923.54
Tomás, M. T., Galán-Mercant, A., Carnero, E. A., & Fernandes, B. (2018). Functional Capacity and Levels of Physical Activity in Aging: A 3-Year Follow-up. Frontiers in Medicine, 4. doi: 10.3389/fmed.2017.00244
Ueno, D. T. (2013). Validação do questionário Baecke modificado para idosos e proposta de valores normativos.
Voorrips, L. E., Lemmink, K., & Bult, P. (1993). The physical condition of elderly women differing in habitual physical activity. Medicine and Science in Sports and Exercise, 25(10), 1152-1157.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2020 Alex Barreto de Lima, Adilson Marques, Miguel Peralta, Duarte Henriques-Neto, Joana Bordado, Myrian Faber, Rafaela Silva, Élvio Rúbio

Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e assegurar a revista o direito de ser a primeira publicação da obra como licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite que outros para compartilhar o trabalho com o crédito de autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Os autores podem estabelecer acordos adicionais separados para a distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicado na revista (por exemplo, a um repositório institucional, ou publicá-lo em um livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- É permitido e os autores são incentivados a divulgar o seu trabalho por via electrónica (por exemplo, em repositórios institucionais ou no seu próprio site), antes e durante o processo de envio, pois pode gerar alterações produtivas, bem como a uma intimação mais Cedo e mais do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre) (em Inglês).
Esta revista é a "política de acesso aberto" de Boai (1), apoiando os direitos dos usuários de "ler, baixar, copiar, distribuir, imprimir, pesquisar, ou link para os textos completos dos artigos". (1) http://legacy.earlham.edu/~peters/fos/boaifaq.htm#openaccess